quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sobre a Alice do Tim Burton

'Com estréia prevista para o dia 23 de abril, “Alice no País das Maravilhas” reúne o que há de melhor na junção de literatura e o universo pop do cinema

byMK - Comunidade de Moda: Alice on Pearlland

“Alice no País das Maravilhas” poderia ser uma simples refilmagem de um clássico, se não fosse pela rica tríade formada: Tim Burton, Lewis Carroll e Johnny Depp. Com duração de 109 minutos, o filme conta a história de Alice (Mia Wasikowska), uma garota que sonha constantemente com um atípico universo já visitado em sua infância. Vivendo em uma sociedade do século XIX, cujo molde não lhe é atraente, ela caí em um buraco que lhe dirige ao País das Maravilhas, onde passa por inúmeras transformações e conhece várias criaturas, como um gato azul, uma rainha vermelha e um chapeleiro maluco.

Nesta obra, Tim Burton soube dar o tom certo às fantasias de Lewis Carroll, tanto pelas imagens coloridas de fauna e flora presentes no país “maravilhoso”, como pelo “jabberwocky”, criatura que Alice precisa matar para livrar o universo das mãos da rainha vermelha, aqui representada por Helena Bonham Carter, esposa e figura repetida de outras obras cinematográficas de Burton. O uso de tecnologia 3D torna-se dispensável neste filme, fazendo-se necessário tirar os óculos em alguns momentos para se perceber melhor cada detalhe exposto na película. Entretanto, isso não é um problema para a obra, cativando ainda os espectadores que o assistem.

Duas personagens são de imensa importância para a obra: o chapeleiro maluco, interpretado por Johnny Depp e a rainha branca, composta por Anne Hathaway. O primeiro torna-se o guia, conselheiro e até mesmo o interesse romântico de Alice nesta refilmagem, algo que faz a garota compreender o infeliz enlace amoroso que teria com o jovem que lhe pediria em casamento no início da história. A rainha branca, por sua vez, vestida dos pés à cabeça de branco tonaliza esse ambiente de sonho em que a jovem Alice é inserida. Ambos, em suas incríveis performances, permitem que o público acredite e inspire-se na adaptação de Tim Burton, que soube captar e inovar cada aspecto proposto pela obra de Lewis Carroll.

O fundo musical, feito por Danny Elfman, é outro ponto característico do filme. Enquanto cada cena é transmitida, a conjunção de notas e ritmos embala o espectador e o leva ao País das Maravilhas, tornando-o personagem coadjuvante, onde torce e se empolga com cada momento, principalmente na luta final entre Alice e o monstro “jabberwocky”, uma gárgula cinzenta que solta fogo pela boca.

A película, aguardada ansiosamente pelo público brasileiro, certamente não deixa a desejar. O diálogo aqui existente – universo pop e literatura – é muito bem sucedido, além de criativo e ousado. Acima de tudo, Burton soube traduzir e tornar real o incrível e imaginário universo do País das Maravilhas. Definitivamente, esta obra entra para a lista dos livros adaptados em filmes que souberam captar a essência da história e, mais uma vez, maravilhar seu público.'

_._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._._.

Texto retirado do blog da minha grande amiga e aspirante a jornalista Viviane Laubé.

É isso por hora.

Beijos e até mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails